quinta-feira, 12 de junho de 2014

Capítulo 15

Abandonamos a ideia de trocar de roupa e em quinze minutos estávamos na rua. 
Joseph caminhava a passos largos, e tive que me apressar para acompanhá-lo. Quando ele 
parou de repente, virou-se e me envolveu em um beijo ardente na calçada lotada, fiquei 
atônita demais para fazer alguma coisa além de aguentar firme. Foi um encontro 
arrebatador de duas bocas, tão cheio de paixão e espontaneidade que me deu um aperto no peito. As pessoas ao redor nos aplaudiram. 
 Quando ele me pôs de pé de novo, eu estava atordoada e sem fôlego. “O que foi 
isso?”, perguntei, ofegante. 
 “Um prelúdio.” Ele retomou o caminho do hotel, cujo nome eu nem consegui ler ao 
ser puxada para dentro e levada diretamente para o elevador. O fato de aquele prédio ser propriedade de Joseph ficou claro para mim antes mesmo de o gerente cumprimentá-lo pelo nome pouco antes de a porta do elevador se fechar. 
 Joseph largou a mochila no chão do elevador e se ocupou da tarefa de tirar meu top. 
Eu estava batendo nas mãos dele quando a porta se abriu e ele apanhou de volta a sacola. 
Não havia ninguém esperando o elevador no nosso andar, e o corredor também estava 
vazio. Joseph sacou uma chave-mestra de algum lugar e, um instante depois, estávamos em um quarto. 
 Não perdi tempo: enfiei as mãos sob sua camiseta para sentir sua pele úmida e a 
rigidez dos músculos por baixo dela. “Tire a roupa. Agora.” 
 Ele deu uma risada ao tirar os tênis com os pés e arrancar a camiseta. 
 Meu Deus... a visão do corpo dele daquela maneira — por inteiro, depois que sua 
bermuda foi ao chão — era de derreter os neurônios. Não havia o mínimo excesso em parte nenhuma, apenas massas compactas de músculos. Ele tinha barriga de tanquinho e aquele V sexy apontando para a pélvis que Cary chamava de Quadril de Apolo.Joseph não depilava o peito como Cary, mas cuidava do corpo com a mesma atenção. Ele era um espécime masculino em estado bruto, a encarnação de tudo o que eu cobiçava, fantasiava e desejava. 
 “Acho que morri e fui pro céu”, falei, olhando embasbacada. 
 “Você ainda está vestida.” Ele atacou minha roupa, arrancando meu top antes que 
eu pudesse respirar. Minha calça foi abaixada com força, e eu tirei os tênis com tanta pressa que perdi o equilíbrio e caí na cama. Mal havia recuperado o fôlego e ele já estava em cima de mim. 
 Rolamos engalfinhados na cama. Em todo lugar que ele me tocava, deixava um 
rastro de calor. O cheiro límpido da sua pele depois da malhação era um afrodisíaco 
intoxicante por si só, incitando meu desejo por ele até as raias da loucura. 
 “Você é tão linda, Demetria.” Ele apertou um dos meus seios antes de abocanhar o 
mamilo. 
 Soltei um gemido bem alto ao sentir a onda de calor e o toque de sua língua, derretendo a cada movimento leve de sucção. Minhas mãos percorriam avidamente sua pele 
úmida, apalpando e apertando, procurando pelas partes que o fariam urrar e gemer. 
Entrelacei minhas pernas na dele e tentei fazê-lo rolar para que eu ficasse por cima, mas ele era pesado e forte demais. 
 Ele levantou a cabeça e sorriu para mim. “Agora é a minha vez.” 
 O que eu senti naquele momento, vendo seu sorriso e o afeto nos seus olhos, foi quase doloroso de tão intenso. Rápido demais, eu pensei. Estava me deixando envolver 
rápido demais. “Joseph...” 
 Ele me deu um beijo profundo, passando a língua pela minha boca bem à sua maneira. Imaginei que ele seria capaz de me fazer gozar apenas me beijando, caso aquilo 
continuasse por mais tempo. Tudo nele me deixava com tesão, desde sua aparência e o 
toque do seu corpo sob minhas mãos até o modo como ele me olhava e encostava em mim. Sua avidez e os sinais silenciosos que ele emitia em seu desejo de possuir meu corpo, a impetuosidade com que ele me dava prazer e extraía de mim seu prazer, tudo isso me deixava nas nuvens. 
 Percorri com as mãos seus cabeços sedosos. Os pelos encrespados do seu peito 
estimulavam meus mamilos endurecidos, e o toque do seu corpo rígido era mais que 
suficiente para me deixar molhada e louca para dar. 
 “Adoro seu corpo”, ele sussurrou, passeando com sua boca do meu rosto para a minha garganta. Sua mão acariciava meu corpo, alternando-se entre os seios e os quadris. 
“Não me canso de admirá-lo.” 
 “Você ainda não desfrutou dele o bastante”, provoquei. 
 “Acho que nunca vou me fartar dele.” Mordendo e lambendo meu ombro, ele foi um pouquinho mais para baixo e agarrou um dos meus mamilos com os dentes. Ele o apertou, e a leve pontada de dor me fez arquear as costas e gemer alto. Ele compensou a 
mordida com uma leve sucção, depois foi abrindo caminho aos beijos mais para baixo. 
“Nunca senti tanto desejo na minha vida.” 
 “Então me fode.” 
 “Ainda não”, ele murmurou, indo mais para baixo, circundando meu umbigo com a 
ponta da língua. “Você não está pronta.” 
 “Quê? Meu Deus... não dá pra ficar mais pronta que isso.” Eu puxei seus cabelos, 
numa tentativa de trazê-lo de volta para cima. 
 Joseph agarrou meus pulsos e os apertou contra o colchão. “Você tem uma bocetinha apertadinha, Demi. Se não estiver totalmente molhada e relaxada, vou machucar 
você.” 
 Um violento tremor de excitação atravessou meu corpo. Joseph me deixava louca 
de tesão quando falava daquele jeito. Ele voltou a deslizar lá para baixo, e eu fiquei toda 
tensa. “Não, Joseph. Nem tomei banho.” 
 Ele enfiou o rosto entre as minhas pernas, e eu me contorci contra seu toque, repentinamente vermelha de vergonha enquanto ele mordia de leve minhas coxas. “Não. Por favor. Você não precisa fazer isso.” 
 Seu olhar paralisou meus movimentos frenéticos. “Você acha que meu desejo pelo 
seu corpo é diferente do seu pelo meu?”, ele perguntou asperamente. “Eu quero você, Demetria.” 
 Passei a língua pelos meus lábios ressecados, tão excitada por sua volúpia animalesca que não consegui dizer uma única palavra. Ele soltou um gemido suave e mergulhou de cabeça na umidade do meio das minhas pernas. Sua língua abriu caminho para dentro de mim, lambendo e separando os tecidos sensíveis. Meus quadris se remexiam sem parar, meu corpo implorava silenciosamente por mais. A sensação era tão boa que tive 
vontade de chorar. 
 “Ah, Demi. Penso na minha boca na sua boceta desde a primeira vez que vi você.” 
 O toque aveludado de sua língua chacoalhava meu clitóris excitado, e eu enterrei 
minha cabeça no travesseiro. “Isso. Assim mesmo. Me faz gozar.” 
 Foi o que ele fez, alternando entre leves sucções e lambidas com a língua enrijecida. 
Tremi toda quando o orgasmo invadiu meu corpo, sentindo espasmos violentos, com os 
membros fora de controle. Sua língua entrava no meu sexo em meio às minhas convulsões, 
gemendo ao ritmo daquela penetração rasa, tentando entrar ainda mais fundo. Seus gemidos reverberavam na minha pele sensível, prolongando ainda mais o clímax. Lágrimas caíram dos meus olhos e escorreram pelas têmporas. O prazer físico destruiu todas as barreiras que mantinham meus sentimentos sob controle.  E Joseph não parava. Continuava a circundar com a língua a trêmula porta de 
entrada para meu corpo, lambendo meu clitóris superestimulado até que eu esquentasse 
novamente. Dois dedos seus entraram em mim, curvados e inquietos. Eu estava tão sensível que me contorci diante da nova investida. Quando ele avançou sobre meu clitóris com um movimento contínuo e ritmado, eu gozei de novo, soltando gritos e gemidos roucos. Depois disso ele enfiou três dedos em mim, remexendo-os e me abrindo inteirinha. 
 “Não.” Sacudi a cabeça de um lado para o outro, sentindo cada canto do meu corpo 
queimar. “Já chega.” 
 “Mais uma vez”, ele insistiu, ofegante. “Mais uma vez e depois eu te como.” 
 “Eu não aguento...”
“Aguenta, sim.” Ele soprou um jato de ar frio sobre minha pele molhada, o que 
reacendeu minhas terminações nervosas. “Adoro ver você gozar, Demetria. Adoro ouvir seus gemidos, sentir seu corpo se contorcer...” 
 Ele massageou um ponto sensível dentro de mim, e um orgasmo me invadiu na 
forma de uma lenta e morna onda de prazer, não menos devastadora por não ser tão 
violenta como nas duas vezes anteriores. 
 O peso e o calor de seu corpo se afastaram de mim. Em um ponto distante da minha 
mente entorpecida, registrei o ruído de uma gaveta se abrindo, seguido pelo som de uma 
embalagem sendo rasgada. O colchão afundou no seu retorno, com suas mãos fortes me 
puxando para o centro da cama. Ele se deitou sobre mim, prendendo-me, cercando-me com seus antebraços e os apertando contra mim, capturando-me. 
 Meus olhos estavam vidrados em seu rosto bonito e austero. Suas feições estavam 
tensas de luxúria, a pele bem esticada sobre a mandíbula e as maçãs do rosto. Seus olhos 
escuros estavam bem dilatados, e eu sabia que estava vendo o rosto de um homem que já 
havia perdido o controle sobre si mesmo. Gostei do fato de ele ter feito tudo aquilo por 
mim, de ter me dado tanto prazer e me preparado para o que parecia ser uma jornada 
inesquecível. 
 Minhas mãos agarraram os lençóis, e a ansiedade só crescia. Ele tinha me feito 
gozar, de novo e de novo. Agora seria a vez dele. 
 “Me fode”, eu ordenei, incitando-o com os olhos. 
 “Demetria.” Ele disse meu nome ao entrar em mim, enfiando até bater com as bolas em 
mim, em uma estocada furiosa. 
 Fiquei sem fôlego. Ele era grande, duro como pedra, e tinha entrado bem fundo. A 
ligação entre nós era absurdamente intensa. Emocional. Mental. Eu nunca tinha me sentido 

tão completamente... entregue. Possuída. 
Eu jamais poderia imaginar que suportaria a ideia de ser imobilizada durante o sexo, 
não com meu histórico, mas o domínio total de Joseph sobre meu corpo fez meu desejo 
chegar a níveis inimagináveis. Nunca tinha sentido tanto tesão na minha vida, o que parecia impossível depois de tudo o que já havia experimentado com ele. 
Eu o apertei todo, deliciando-me com a sensação dele dentro de mim, preenchendo-me.
Seus quadris investiram contra mim, como se dissessem: Está sentindo? Estou 
dentro de você. Você é minha. 
Seu corpo inteiro enrijeceu. Seus músculos peitorais se distenderam por completo 
enquanto ele tirava quase tudo. A contração do seu abdome foi o único aviso que eu pude 
notar antes que ele voltasse a entrar com tudo. Todo duro. 
 Dei um grito, e o peito dele ressoou com um grunhido grave e primitivo. “Nossa... 
Você é muito gostosa.”

Apertando-me mais forte, ele começou a me foder com força, fazendo meus quadris 
afundarem no colchão com estocadas violentas e ferozes. Uma onda de prazer percorreu 
meu corpo de novo, intensificando-se a cada investida do corpo dele contra o meu. Assim, eu pensei. Era bem assim que eu queria você.
Joseph enterrou a cabeça no meu pescoço e me prendeu com força onde eu estava, metendo mais forte e mais rápido,murmurando safadezas com uma voz ofegante,fazendo-me enlouquecer de desejo. “Meu pau nunca ficou tão duro. Entro tão fundo em você...”
Pensei que seria a vez dele, mas Joseph ainda estava pensando em mim,
preocupado comigo, remexendo os quadris para levar prazer ao meu ventre em ebulição.
Soltei um breve e inevitável som de desejo, e sua boca logo chegou até mim. Eu estava
desesperada por ele, minhas unhas se encravaram em seus quadris em movimento, lutando contra a necessidade torturante de sentir as investidas furiosas do seu pau enorme.
Estávamos pingando de suor, com a pele fervendo e colados um ao outro, ofegantes,
lutando para controlar a respiração. Quando um orgasmo se formou como uma tempestade
dentro de mim, todo o meu corpo se enrijeceu e se contorceu. Ele soltou um palavrão e
posicionou uma das mãos sob o meu quadril, levantando minha bunda na direção das suas
estocadas para fazer com que seu pau entrasse mais fundo e chegasse ao lugar que ansiava
por ele.
“Goze, Demetria”, ele ordenou com um tom áspero. “Agora.”
 Cheguei ao clímax com uma intensidade que me fez sussurrar seu nome, uma
sensação amplificada pela maneira como ele havia dominado meu corpo. Ele jogou a
cabeça para trás, estremecendo.
 “Ah!” Demetria me agarrou com tanta força que eu mal conseguia respirar, enquanto
seus quadris continuavam seu movimento incessante, fazendo com que ele entrasse e saísse de mim em toda a sua extensão.
 Não faço ideia de quanto tempo permanecemos assim, deitados, com nossas bocas
passeando por ombros e pescoço até enfim nos acalmarmos. Meu corpo inteiro tremia e
pulsava.
 “Uau”, consegui dizer finalmente.
 “Você acaba comigo”, ele murmurou com a boca encostada no meu queixo.
“Vamos acabar morrendo de tanto trepar.”
 “Ei, eu não fiz nada dessa vez.” Ele tinha assumido totalmente o controle, e não
havia nada mais sexy que isso.
 “Você estava aí deitada, respirando. Isso já basta.”
Dei risada e o abracei.
 Ele ergueu a cabeça e esfregou o rosto dele no meu. “Vamos comer alguma coisa, e
depois começamos tudo de novo.”
 Ergui as sobrancelhas. “Você consegue fazer tudo isso de novo?”
 “A noite inteira.” Ele saiu de cima de mim, e pude sentir que ainda estava um pouco
ereto.
 “Você é uma máquina”, eu disse. “Ou então algum deus.”
 “A culpa é sua.” Com um beijo suave e carinhoso, Joseph se afastou de mim, tirou
a camisinha, enrolou em um lenço de papel que encontrou no criado-mudo e jogou na
lixeira ao lado da cama. “Vamos tomar banho e pedir alguma coisa do restaurante lá de
baixo. A não ser que você queira descer.”
 “Acho que nem consigo andar.”
 O brilho do sorriso dele fez meu coração parar de bater por um instante. “Ainda
bem que não sou o único.”
 “Você parece estar muito bem.”
 “Eu me sinto ótimo.” Ele sentou na lateral da cama e afastou com a mão os cabelos
grudados na minha testa. Seu rosto tinha uma expressão tranquila, e seu sorriso transmitia
um afeto apaziguador.
 Imaginei ter visto algo mais em seus olhos, e só de pensar nisso senti um nó na
garganta. Fiquei com medo.
 “Venha tomar banho comigo”, ele pediu, acariciando meu braço.
 “Me dê um minutinho para me recompor. Eu já vou.”
 “Certo.” Ele foi para o banheiro, proporcionando-me uma visão em primeira mão de
suas costas musculosas e seu traseiro impecável. Suspirei de admiração feminina diante
daquele espécime perfeito de beleza masculina.
 No chuveiro, a água começou a correr. Consegui sentar e deslizar as pernas para
fora da cama, sentindo-me deliciosamente trêmula. Espichei os olhos para a gaveta um
pouco aberta do criado-mudo e vi umas camisinhas lá dentro.
 Senti meu estômago embrulhar. Aquele hotel era sofisticado demais para oferecer
camisinhas junto com a habitual Bíblia no criado-mudo.
 Com a mão ligeiramente vacilante, abri a gaveta por completo e encontrei uma
quantidade razoável de apetrechos sexuais, incluindo um frasco de lubrificante e gel
espermicida. Meu coração disparou mais uma vez. Na minha cabeça, retracei nossa jornada
luxuriosa até o hotel. Joseph não havia nem perguntado qual quarto estava disponível.
Fosse aquela uma chave-mestra ou não, ele não precisou se perguntar quais quartos
estavam ocupados antes de escolher um... devia saber de antemão que não teria ninguém
naquele quarto.
 Obviamente, era o quarto dele — um abatedouro equipado com tudo de que Joseph
precisava para se divertir com as mulheres que usava com esse propósito.
 Enquanto eu caminhava até o armário, ouvi a porta de vidro do box se abrir e depois
se fechar de novo. Peguei os puxadores das portas de correr do armário e as afastei. Havia uma pequena seleção de roupas masculinas penduradas nos cabides, camisas e calças
sociais e também bermudas e calças jeans. Senti meu corpo gelar e o sentimento de
exaltação do orgasmo dar lugar a um sofrimento enojado.
 Nas gavetas do lado direito havia camisetas, cuecas e meias. Na primeira da
esquerda, brinquedos eróticos ainda na embalagem. Nem abri as últimas gavetas. Já tinha
visto o bastante.





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