sexta-feira, 13 de junho de 2014

Capítulo 17

“Não encoste em mim”, ele disparou asperamente. “Tire essas mãos de cima de 
mim!” 
 Fiquei paralisada, com o coração disparado. Suas palavras atravessavam a escuridão 
e o silêncio da noite, carregadas de fúria. 
 “Você não vale nada.” Ele se sentou, chutando as cobertas. Suas pernas se encolheram e ele soltou um gemido que me pareceu perversamente erótico. “Não. Ai... Está 
doendo.” 
 Ele se enrijeceu, contorcendo o corpo inteiro. Eu não aguentava mais ver aquilo. 
 “joseph.” Como Cary tinha pesadelos de tempos em tempos, eu sabia que não deveria tocar em um homem nessa situação. Em vez disso, ajoelhei-me na cama e disse seu 
nome em voz alta. “Joseph, acorde.” 
 Despertando de repente, ele desabou para trás, tenso e defensivo. Seu peito oscilava 
com a respiração ofegante. Ele estava tendo uma ereção. 
 Falei num tom de voz firme, apesar de estar com o coração partido. “Joseph. Você 
está sonhando. Acorde e fique comigo.” 
 Ele se soltou sobre o colchão. “Demetria...?” 
 “Estou aqui.” Saí do caminho da luz do luar que entrava pela janela, mas não vi 
nenhum sinal de que seus olhos estavam abertos. “Você está acordado?” 
 Sua respiração ficou mais lenta, mas ele não disse nada. Seus punhos estavam 
fechados sobre o lençol. Arranquei a camiseta que estava usando e a deixei em cima da 
cama. Cheguei mais perto e passei a mão pelo seu braço. Ele não teve reação, e eu o 
acariciei, passando as pontas dos dedos sobre seu bíceps. 
“Joseph?” 
 Ele teve um sobressalto. “Quê? O que foi?” 
 Sentei sobre os calcanhares com as mãos nas coxas. Vi quando ele piscou para mim, e depois passou as mãos pelos cabelos. Pude sentir quando tomou consciência do pesadelo, 
pela rigidez que dominou seu corpo. 
 “O que foi?”, ele perguntou bruscamente, apoiando-se em um dos cotovelos. “Está 
tudo bem?” 
 “Quero você.” Eu me deitei ao lado de Joseph, estendendo meu corpo nu junto ao seu. Pressionando meu rosto contra seu pescoço úmido, lambi suavemente sua pele salgada. 
Pela minha experiência com pesadelos, eu sabia que abraços e um pouco de amor poderiam fazer os fantasmas voltarem para o armário por uns tempos. 
 Ele me envolveu em seus braços, percorrendo com a mão a curvatura da minha 
coluna. Senti quando ele se esqueceu do sonho soltando um suspiro longo e profundo. 
 Deitei-o de costas, montei sobre ele e beijei sua boca. Sua ereção encontrou meus 
lábios vaginais, o que me fez querer abrir caminho para ela. A sensação da mão dele nos 
meus cabelos, agarrando-me para assumir o controle do beijo, logo me deixou molhada e 
pronta para recebê-lo. Minha pele estava quase em chamas. Esfreguei meu clitóris contra 
seu membro duro e grosso, usando-o para me masturbar até que ele emitiu um som áspero 
de desejo e rolou para cima de mim, invertendo a posição. 
 “Não tenho camisinha aqui em casa”, ele murmurou antes de envolver um dos meus 
mamilos com os lábios e sugá-lo suavemente. 
 Adorei o fato de ele estar desprevenido. Ali não era um simples abatedouro; era a 
casa dele, e eu era a primeira a estar ali. “Sei que você falou em apresentar exames quando falamos sobre a pílula e que isso é o mais certo a fazer, mas...” 
 “Eu confio em você.” Ele ergueu a cabeça e me olhou sob a luz pálida da lua. Abriu 
minhas pernas com os joelhos e me penetrou sem proteção pela primeira vez. Pude sentir 
todo o seu calor e toda a sua maciez. 
 “Demi”, ele suspirou, apertando-me contra si. “Eu nunca... Meu Deus, como você é 
gostosa. Estou muito feliz por você estar aqui.” 
 Puxei seus lábios para perto de mim e o beijei. “Eu também.” 
  Acordei da mesma forma que tinha dormido, com Joseph sobre mim, dentro de 
mim. Seu olhar estava carregado de prazer quando despertei com aquele momento 
delicioso. Com os cabelos caídos sobre os ombros e o rosto, ele parecia ainda mais sexy por estar despenteado. Mas, o melhor de tudo, não havia nada de obscuro em seus lindos olhos, nem uma sombra da ameaça que tinha pairado sobre seus sonhos. 
 “Espero que não se incomode”, ele murmurou com um sorriso malicioso enquanto 
entrava e saía de mim. “Você estava quentinha e molhada. Não pude evitar.” 
 Abracei sua cabeça e arqueei as costas, pressionando meus seios contra seu peito. 
Através das janelas encimadas por arcadas, vi a luz do amanhecer começar a preencher o 
céu. “Humm... Eu adoraria acordar todos os dias deste jeito.” 
 “Foi isso o que eu pensei às três da manhã.” Ele mexeu os quadris e entrou ainda 
mais profundamente em mim. “Pensei em retribuir o favor.” 

 Meu corpo inteiro renasceu, minha pulsação acelerou. “Sim, por favor.” 

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